quinta-feira, 21 de maio de 2015

MUSICALIDADE GREGA

Para a sociedade grega da Antiguidade, a música desempenhava papel fundamental tanto na vida pública quanto na vida privada. Em funerais, vindimas, casamentos, banquetes e procissões, a utilização de instrumentos musicais acompanhava as canções.
A melodia da música grega é tetracorde, havendo primeiramente três modos: DÓ, RÉ e MI e, posteriormente, outros 4 modos secundários: LÁ, SOL, FÁ e MI. 
Pitágoras, importante filósofo e matemático grego, foi quem descobriu os intervalos musicais que originaram estas sete notas ao constatar que a frequência da vibração de cada corda de uma lira é proporcional ao seu comprimento. Ele também acreditava que o som exercia efeitos sobre a psique humana e associava a música e a alma.
Veja um vídeo legal sobre a descoberta de Pitágoras:


Os principais instrumentos musicais utilizados pelos gregos eram o aulos (instrumento de sopro usado nas festas dionisíacas), a trombeta (utilizada para comunicação de guerras e mensagens), as Flautas de Pan (usada em atividades pastoris) os timbales e tímpanos (usados nas festas de Dionísio e Cybele), a lira, a cítara (tocada somente em cerimônias religiosas) e a harpa
Esses instrumentos eram representados nas diversas esculturas e, principalmente, nas cerâmicas gregas, acompanhando as cenas retratadas, sobretudo aquelas que se referiam às festividades. Veja abaixo alguns exemplos:

Cena em vaso de cerâmica grego: gregos tocando liras

Cena em vaso grego: música com o aulos, provavelmente em festa Dionisíaca

Escultura representando Apolo e sua lira

Como nota-se nesta última imagem, a música na Grécia Antiga estava ligada à mitologia e alguns instrumentos eram associados a divindades gregas, como Dionísio e Apolo. Para concluir, é possível dizer que a música, para os gregos antigos, era essencial, e deixou muitas contribuições para a musicalidade moderna. Devemos aos gregos boa parte da nossa musicalidade!

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Agora que você já sabe um pouco mais sobe a musicalidade grega, que tal pesquisar um pouco sobre Orfeu (Orpheu)? Segundo a mitologia grega, Orfeu teria se apaixonado por Euridice. Uma bela jovem que, picada por uma serpente, acabou morta e enviada ao mundo subterrâneo (que seria o equivalente ao inferno grego). O deus do mundo subterrâneo era Hades, que apesar de ser o deus dos mortos, acabou comovido pela música agoniante de Orfeu, que ousou descer ao mundo subterrâneo determinado a trazer sua amada de volta. Descubra o desfecho desta história e compartilhe conosco nos comentários! 



domingo, 17 de maio de 2015

RENASCIMENTO CULTURAL E MUSICALIDADE

Durante o período do Renascimento Cultural, no final do século XV e início do século XVI, praticamente todas as artes passaram por mudanças significativas no seu modo de concepção e expressão. Com a música não poderia ser diferente. O pensamento musical influenciado pela filosofia, voltou-se à união entre música e letra, dando origem ao canto que valorizava a polifonia vocal, de vozes independentes organizadas por regras de consonância e dissonância. Entre os instrumentos mais utilizados nesse período, a vihuela e o alaúde tiveram destaque. Também foram muito utilizados a viola da gamba e a sacabuxa. 
A sacabuxa é um instrumento de metal, se sopro, semelhante ao trombone de vara utilizado na atualidade:


Já a viola da gamba, é um instrumento de corda tocado com um arco, composto de seis ou sete cordas:


A vihuela é um instrumento de corda parecido com a guitarra, com seis ou sete ordens de cordas. Foi usada pela primeira vez na Península Ibérica para alegrar o cotidiano de reis e nobres.


Por fim, o alaúde é um instrumento de corda dedilhada. Já era muito utilizado por egípcios, gregos e romanos, entre outras civilizações. Este instrumento representa mais do que qualquer um, a valorização da cultura greco-romana por artistas do Renascimento.


Estes instrumentos, quando combinados, ressoavam de forma única. Aqui, você pode ouvir uma música renascentista.
Outra característica da musicalidade durante o Renascimento, é que os compositores passaram a interessar-se e valorizar a música profana (aquela que não era religiosa), embora canto no estilo de coro (ou policoral), sem acompanhamento instrumental, tenha sido produzido em abundância no período.
Alguns dos compositores renascentistas mais conhecidos foram Monteverdi, Palestrina e Josquin des Préz. 
Abaixo, uma partitura de "Si, ch'io vorrei morire", de Claudio Monteverdi:


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